terça-feira, 29 de março de 2011

Escola Consumidora?

Ao ler Baumann, Modernidade Líquida, me fez refletir sobre o fato de que o shopping Center não são espaços de interação e sim templos de ação de consumo. Logo, são espaços individualistas na sua essência, e os encontros como já dito pelo autor são superficiais. Já a escola é potencialmente um templo de interação, pois é possível haver trocas de significados e experiências, portanto o verdadeiro espaço de referência para a interação, uma vez que, seus encontros tendem a ser mais duradouros em dias, anos ou mesmo a vida toda, mantendo relações interativas entre os sujeitos, portanto um espaço social coletivo. No entanto há escolas que procuram ser como shopping Center, nesse sentido são espaços de imitação dos templos de consumo não sendo assim verdadeiros na interação social de seus elementos. O consumo passa a ser neste caso a informação pronta e acabada visando no final de certo período acumular bens que possibilitem à aquisição maior a certificação, que opera como passaporte para o mundo do trabalho. Neste sentido é necessário tornar a escola um espaço verdadeiramente interativo onde a trocas sejam de tal forma que os estudantes sejam produtores e consumidores do conhecimento, tal possibilidade pode estrutura-se com as tecnologias de comunicação. Então nessa perspectiva temos uma re-significação das aulas em particular dos laboratórios didáticos experimentais. Surge a possibilidade de superação do espaço-tempo favorecendo a interação para a produção de conhecimento e não apenas consumo. Avançando inclusive sobre o aspecto da compreensão sobre a natureza da Ciência.